É possível observar a reação alérgica cruzada entre fontes relacionadas, como tipos de leite e também fontes distantes, como o camarão e o ácaro. Entenda porque isso acontece
Uma reação alérgica cruzada acontece quando há uma resposta imunológica a produtos diferentes, mas com componentes semelhantes. É o caso, por exemplo, do látex e o Kiwi, que muitas vezes é reconhecido como iguais pelo sistema imunológico.
Confuso? É que para o sistema imunológico, algumas proteínas são estruturalmente semelhantes ou estão biologicamente relacionadas. Dessa forma, ele identifica as proteínas em diferentes substâncias como similares. Então, quando você tem contato com alguma delas, seu organismo reage da mesma maneira, provocando os sintomas de alergia.
Exemplos de reação alérgica cruzada
Esse tipo de reação alérgica pode ser percebida com o leite de vaca e de cabra ou ainda com o camarão e o ácaro. Geralmente, as reações cruzadas entre fontes próximas são as mais comuns como, por exemplo, entre os leites de mamíferos e entre os ovos de diferentes espécies.
Por outro lado, existem outras reações com maior taxa de sensibilização. É o caso do látex-frutas, pólen-frutas, gato-porco e a reação alérgica cruzada entre ácaros e crustáceos. Além disso, há um alto grau de reação cruzada entre o caju e o pistache e entre a noz, a avelã e a noz-pecan.
Por isso, é comum o médico alergista recomendar que o paciente evite todas as nozes se confirmar a alergia a ao menos uma delas. O mesmo acontece com diferentes tipos de peixes.
Diagnóstico e tratamento para reação alérgica cruzada
Exames auxiliares, como a pesquisa de sensibilização a componentes marcadores de reação cruzada, facilitam o diagnóstico após uma anamnese rigorosa. Para verificar se é alergia ou sensibilização, é importante também fazer o teste de provocação em ambiente adequado, com o suporte médico.
O tratamento da reação alérgica cruzada não difere de outras alergias. Em síntese, a recomendação principal é evitar o contato com o alérgeno desencadeador de sintomas. Além disso, o médico alergista deve prescrever a medicação para o caso de contato.