Entenda por que asma e exercício normalmente estão de lados opostos e como lidar com esse desafio
Quem é asmático já sabe: é só iniciar um exercício físico que a crise aparece! Mas asma e exercício não são inimigos. Veja as dicas do Dr. Luiz Melo, especialista em alergia e imunologia para praticar exercícios sem crises de asma.
Os sintomas geralmente começam entre 5 e 10 minutos depois de iniciada o exercício e podem continuar por horas após o término da atividade física.
Velocidade de entrada do ar
Isso acontece porque a atividade física induz a crise, se a pessoa não tiver a doença sob controle. Quando a pessoa está se exercitando, o ar entra e sai mais rápido dos pulmões. Isso faz com que a função de umidificação e aquecimento do ar fique prejudicada.
Quanto mais rápido se inspira e expira, menos tempo damos ao ar para que seja filtrado, aquecido e umidificado. O ar seco, frio e sujo no pulmão do asmático dificulta a respiração.
Recado do corpo
Quando a pessoa sem tratamento inicia uma atividade, dependendo do nível, o corpo “manda uma recado” de que não está tudo bem. “Normalmente o primeiro sintoma é a tosse”, explica o Dr. Luiz Melo.
“A pessoa acaba tendo que parar a atividade para tossir várias vezes. Se o asmático insistir, os sinais aumentam para cansaço, falta de ar, menor intervalo entre as crises de tosse. Muitas vezes, essa queda de oxigenação aumenta bastante e evolui para o desmaio”, completa o médico.
Asma e exercício sem problemas
Mas ter asma não significa que a pessoa não pode fazer exercícios físicos. Pelo contrário! O importante é, no entanto, ter a doença sob controle antes de forçar uma atividade física.
A asma é uma doença frequente, que atinge de 5% a 10% da população mundial. Desse total de asmáticos, cerca de 80% têm a doença por uma causa alérgica.
“Identificar a causa dessa alergia é essencial para o tratamento eficaz e para a vida normal do asmático”, reforça Dr. Luiz.